A energia é crucial para o nosso estilo de vida moderno. Entretanto, relatos de tentativas de ataques virtuais contra as empresas fornecedoras estão aumentando a cada ano. No primeiro semestre de 2013, o setor de energia foi o quinto mais visado em todo o mundo, sendo alvo de 7,6 % de todos os ataques cibernéticos. Assim, não é surpreendente que, em maio de 2013, o Departamento de Segurança Interna dos EUA alertou para uma crescente onda de ataques que visavam sabotar processos em empresas de energia. Na Symantec, nossos pesquisadores descobriram que as concessionárias de energia tradicionais estão particularmente preocupadas com os cenários criados por ameaças como Stuxnet ou Disttrack / Shamoon, que podem danificar instalações industriais.
Nós também descobrimos que os agressores que têm como alvo o setor de energia ainda tentam roubar a propriedade intelectual sobre novas tecnologias, como geradores de energia solar ou eólica, ou ainda gráficos de exploração de campos de gás. Enquanto incidentes de roubo de dados podem não representar uma ameaça imediata e catastrófica para uma empresa, eles podem criar uma ameaça estratégica de longo prazo. Informações roubadas poderão ser usadas no futuro para realizar ações mais graves.
As motivações e origens de ataques podem variar consideravelmente. Um competidor pode “encomendar” ações danosas contra as empresas de energia para ganhar uma vantagem injusta. Há grupos de “hackers para contratar”, como o grupo Hidden Lynx, que estão mais do que dispostos a se engajar nesse tipo de atividade. Hackers patrocinados pelo Estado podem ter como alvo as empresas de energia em uma tentativa de desativar sua infraestrutura crítica. Grupos “hacktivistas” também podem vitimar empresas para promover seus próprios objetivos políticos. Pesquisadores da Symantec sabem que estas ameaças podem ser provenientes de todo o mundo e, por vezes, de dentro da própria empresa. Funcionários que estão familiarizados com os sistemas podem realizar ataques para extorsão, suborno ou vingança. Além disso, interrupções podem simplesmente acontecer por acidente, como um erro de configuração ou uma falha do sistema. Por exemplo, em maio de 2013, a rede de energia austríaca quase teve um apagão devido a um problema de configuração.
Nossa pesquisa concluiu que os sistemas de energia modernos estão se tornando mais complexos. Há controle de supervisão e aquisição de dados (SCADA), ou sistemas de controle industrial (ICS) que estão fora dos padrões de segurança tradicionais. E como a tecnologia smart grid , ou rede inteligente, continua a ganhar impulso, cada vez mais sistemas de energia serão conectados à Internet das Coisas, o que abre novas vulnerabilidades de segurança relacionadas a inúmeros dispositivos conectados. Além disso, muitos países começaram a abrir seu mercado de energia e adicionar contribuintes menores para a rede de energia elétrica, como usinas de água privada, turbinas eólicas ou painéis solares. Embora essas empresas menores representem apenas uma pequena parte da grade, a entrada de energia descentralizada pode ser um desafio para gerenciar os recursos de TI limitados e precisam ser cuidadosamente monitorados para evitar pequenas falhas que poderiam criar um efeito dominó em toda a grade maior.
Vemos a necessidade de uma abordagem colaborativa, que combine o componente industrial e a segurança para proteger as informações do setor. Para ajudar neste processo, a Symantec realizou um estudo em profundidade sobre ataques focados no setor de energia que ocorreram nos últimos 12 meses. Esta pesquisa apresenta fatos e números, e abrange os métodos, motivações e história desses ataques.
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O infográfico a seguir ilustra os principais pontos a respeito dos ataques contra as indústrias do setor de energia.